
Telefônica busca oportunidades de aquisição de fibra no Brasil

O grupo espanhol de telecomunicações Telefónica continua em busca de uma aquisição no segmento de banda larga de fibra no Brasil.
"Não é fácil encontrar o que procuramos. Enquanto não encontramos, construímos [fibra]. Se encontrarmos, podemos parar de construir tanto, mas no momento continuaremos construindo", disse o CEO da Telefônica Brasil, Christian Gebara, a investidores e analistas nesta terça-feira (13).
Gebara acrescentou que a empresa, que opera no Brasil sob a marca Vivo, está atualmente analisando diferentes perfis de ativos, sem dar detalhes. Segundo ele, há três requisitos para que tal aquisição seja viável.
O primeiro é que a rede a ser adquirida tenha sobreposição limitada com a rede de fibra da Vivo. O segundo é que a rede deve ser de boa qualidade e capacidade, entre outros fatores, para evitar futuras despesas com modernização e atualizações. E, por fim, o preço deve ser justo.
"Estamos sempre buscando consolidação no mercado de fibra", explicou Gebara. "Acreditamos que há espaço para isso, mas ainda não encontramos uma meta que atenda" a todos os três critérios.
A Telefônica atingiu 29,6 milhões de domicílios com fibra ao final do primeiro trimestre, quantia que representou um aumento interanual de 10,5%, dos quais 7,2 milhões eram clientes de FTTH (fibra até o lar) – um aumento de 12,9%.
Nos primeiros três meses do ano, foram registradas 211.000 adições líquidas de FTTH, 22% a mais que no primeiro trimestre de 2024.
Serviços digitais, datacenters e estratégias
Segundo Gebara, a Telefônica atua na busca por aquisições tanto de serviços digitais/de valor agregado, como fintechs, provedores de serviços em nuvem e empresas de acessórios, quanto de banda larga de fibra, sejam elas pequenas, médias ou grandes provedoras.
No pré-pago, a líder do mercado de telefonia móvel está trabalhando para melhorar seu sistema de CRM, visando acelerar as vendas digitais de serviços e recargas, ao mesmo tempo em que migra os clientes pré-pagos para os planos híbridos e pós-pagos com ARPU (receita média por usuário) mais alto, o que continua sendo uma prioridade.
A Vivo encerrou março com 67,4 milhões de acessos pós-pagos, marcando um aumento de 7,7% em relação ao ano anterior e totalizando mais de 102 milhões de acessos móveis.
Apostando na convergência, a Vivo teve mais de 85% dos planos de banda larga vendidos em lojas integrados às ofertas de serviços de celular e TV do plano Vivo Total, segundo Gebara. Em entrevista coletiva para comentar os resultados da empresa, o CEO pontuou que a operadora também busca lançar linhas de financiamento para viabilizar a aquisição de smartphones e PCs por meio do serviço Vivo Pay.
Ele também disse que a Vivo estava considerando retornar ao segmento de datacenters, acrescentando que o assunto continua em discussão internamente.
A Telefónica alienou alguns de seus datacenters no Brasil e em outros países como parte de uma revisão global de portfólio e estratégia de gestão de ativos. Em 2019, a empresa vendeu 11 datacenters – dois deles no Brasil – para a Asterion Industrial Partners por € 550 milhões.
Dois anos depois, outros quatro datacenters, dois no Chile e dois na Espanha, foram vendidos para a Asterion em troca de 20% das ações da Nabiax, uma empresa de hospedagem e colocation.
Dinheiro e investimentos
Com a migração de seu contrato de concessionária para prestadora autorizada, acertada com a Anatel em abril, a Vivo deverá arrecadar cerca de R$ 3 bilhões (US$ 534 mi).
Segundo Gebara, esses recursos virão da venda de redes de cobre de antigas centrais telefônicas, bem como da venda de imóveis e bens vinculados à concessão. A expectativa é que sejam aplicados em dinheiro em investimentos em 5G, fibra e serviços digitais a partir do próximo ano.
A Vivo investiu R$ 1,89 bilhão no primeiro trimestre, valor que representou uma queda interanual de 0,3%, equivalente a 13% da receita, e em linha com os planos da operadora de controle de gastos.
A "eficiência de capex" ajudou a empresa a manter uma posição financeira e de caixa sólida, especialmente em períodos de altas taxas de juros, conforme explicou o CFO David Melcon aos analistas, acrescentando que a empresa continua negociando novos termos para arrendamento de torres, em busca de reduzir custos.
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