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‘Estamos com uma posição de risco relativamente controlada’ em relação às tarifas, diz CEO da TIM

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‘Estamos com uma posição de risco relativamente controlada’ em relação às tarifas, diz CEO da TIM
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A TIM não prevê impactos significativos em suas operações decorrentes de tarifas e iniciativas comerciais introduzidas pelo governo dos EUA.

"Estamos com uma posição de risco relativamente controlada. De qualquer forma, estamos constantemente em conversas com os nossos parceiros e fornecedores para capturar eventuais impactos que possam se materializar", disse o CEO Alberto Griselli em resposta a uma pergunta da BNamericas durante a coletiva de imprensa sobre os resultados do primeiro trimestre da empresa.

Na cadeia de insumos da operadora, o maior item de custo são os contratos de rede. Neste aspecto, a TIM se considera blindada por dois motivos principais. Um deles é que a empresa finalizou seu contrato de equipamento mais recente no ano passado e já começou a receber e instalar os equipamentos. Conforme relatado anteriormente, a TIM lançou o que afirma ser o maior projeto de modernização de infraestrutura de sua história, cobrindo 3.000 sites sem fio em 64 cidades no estado de São Paulo.

A segunda razão é que esses fornecedores – Nokia e Huawei – são europeus e chineses e, na opinião de Griselli, provavelmente serão menos afetados neste momento. Além disso, cerca de 90% dos insumos utilizados pela TIM Brasil em suas operações são de origem local, com apenas 10% totalmente importados, segundo a CFO Andrea Viegas. A TIM não realiza compras diretas dos EUA.

O ambiente macroeconômico local é mais relevante e, segundo Griselli, a perspectiva melhorou nos últimos dois trimestres. Ele comentou que a expectativa e as perspectivas anuais da empresa controladora Telecom Italia para a TIM Brasil permanecem inalteradas.

Smartphones

Embora as redes não sejam uma preocupação atualmente, um impacto mais tangível para as operadoras envolve smartphones, muitos dos quais são vendidos aos clientes finais em seus pontos de venda.

A principal vulnerabilidade nesta área são os iPhones da Apple, de acordo com executivos da TIM. Se os custos de produção – e, consequentemente, os preços ao cliente final – aumentarem devido às tarifas, isso poderá afetar tanto o volume quanto a receita gerada pelas vendas de dispositivos pelas operadoras.

"Os smartphones têm alguns, digamos, headwinds que podem vir do tema das tarifas. Mas, ao mesmo tempo, você tem também um conjunto de efeitos favoráveis que tendem a jogar na contramão", pontuou Griselli. Tais efeitos incluem reduções "naturais" de custos devido à crescente escala de dispositivos 5G e à entrada de novas marcas, em sua maioria chinesas, no mercado brasileiro, o que pode tornar o segmento de smartphones mais competitivo.

Embora esses efeitos "não aliviem" o problema das tarifas, eles podem ajudar a preservar a acessibilidade dos smartphones para os consumidores – o que é "de extrema importância para nós", segundo o executivo.

Contratos de desempenho e B2B

A TIM reportou um aumento de 56% no lucro líquido do primeiro trimestre em relação ao ano anterior, atingindo R$ 810 milhões (US$ 142 mi), com a receita líquida de serviços subindo para R$ 6,2 bilhões, valor que marcou um aumento de 5,6%, impulsionado em grande parte por um aumento de 13,9% na receita pós-paga.

O ARPU móvel total (receita média por usuário) subiu 5%, para R$ 31,90, permanecendo no maior patamar do mercado.

O segmento de B2B da empresa gerou R$ 273 milhões em receita contratada nos 12 meses encerrados em março. A TIM afirma que sua rede conecta atualmente mais de 21 milhões de hectares e 6.000 km de rodovias no Brasil. A meta é atingir 26 milhões de hectares com cobertura 4G até o final de 2025.

Parcerias recentes no agronegócio incluem uma com o Grupo Pedra Agroindustrial e outra para fornecer conectividade 4G ao laboratório agrícola da Embrapa em Jaguariúna, no interior de São Paulo.

No setor de serviços públicos, uma parceria público-privada com a mineira Sitran instalará 120.000 pontos de iluminação inteligente alimentados pela TIM no estado. Isso elevará o total da TIM para mais de 360.000 pontos de iluminação inteligente em todo o país, segundo a empresa.

A operadora também relata ter conectado 80.000 medidores inteligentes de energia, 60.000 medidores de água e 5.000 medidores de gás por meio de vários contratos.

Segundo Fabio Alvarez, gerente de verticais de IoT e 5G da TIM Brasil, os serviços públicos são um dos principais setores em que a empresa está se concentrando para novos contratos neste ano.

"O pipeline continua forte, em particular no setor de utilities", ressaltou Griselli, também em resposta a uma pergunta da BNamericas. "Tem muita RFQ [solicitação de cotação] de empresas querendo digitalizar os produtos e até processos abertos".

Por fim, no segmento de energia, uma parceria com a Eletrobras, anunciada em novembro, lançará sua primeira iniciativa em junho, voltada para pequenas e médias empresas.

A TIM também está conduzindo programas piloto com a comercializadora de energia Thopen para uma parceria que visa expandir o acesso à energia renovável para clientes não corporativos, ao mesmo tempo em que gera receita para a operadora de telecomunicações por meio de um modelo de compartilhamento de receita.

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